ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 26-11-2009.
Aos vinte e seis dias do mês de novembro do ano de
dois mil e nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Raul, Elias Vidal, João Carlos Nedel, Luciano
Marcantônio, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro e Tarciso Flecha Negra. Constatada
a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Carlos Todeschini, DJ
Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Ervino Besson, Haroldo de
Souza, João Antonio Dib, João Pancinha, Marcello
Chiodo, Mario Manfro, Paulinho Ruben Berta e Reginaldo Pujol. À MESA,
foram encaminhados: pelo vereador Emerson Dutra, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 164/09 (Processo nº 3628/09); pelo vereador Engenheiro
Comassetto, os Projetos de Resolução nos 044 e 048/09 (Processos nos
5248 e 5348/09, respectivamente); pelo vereador João Antonio Dib, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 235/09 (Processo nº 5272/09). Também, foi apregoado
Requerimento de autoria do vereador Mauro Zacher, solicitando o desarquivamento
do Projeto de Resolução nº 045/08 (Processo nº 5146/08). Do EXPEDIENTE,
constaram os Ofícios nos 768165, 775857, 796006, 796135 e 796138/09,
do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, deixou de ser votada a Ata
da Décima Sexta Sessão Solene. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em
TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Gilmar Ferreira Jardim, que, em nome da Associação
dos Funcionários das Fundações Estaduais de Proteção Especial e de Atendimento
Sócio-Educativo – AFUFE –, discorreu sobre as atividades empreendidas pelo
Centro Social Zona Sul e pelo Abrigo Cônego Paulo de Nadal, registrando a
posição contrária da AFUFE à privatização, por meio de Organizações da
Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIPs –, dos serviços prestados por
essas instituições. Após, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Aldacir José
Oliboni, Luciano Marcantônio e Dr. Raul manifestaram-se acerca do
assunto tratado durante a Tribuna Popular. A seguir, foi iniciado o
período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do centésimo
aniversário da Escola Técnica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, nos
termos do Requerimento nº 139/09 (Processo nº 4314/09), de autoria da Mesa
Diretora. Compuseram
a Mesa: o vereador Adeli Sell, 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto
Alegre; os senhores Paulo Roberto Sangoi e Júlio Xandro Heck, respectivamente
Diretor-Geral e Vice-Diretor da Escola Técnica da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul; e o Coronel Sérgio Pastl, representando o Comando-Geral da
Brigada Militar. Em COMUNICAÇÕES, pronunciou-se o vereador Aldacir José
Oliboni. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Paulo
Roberto Sangoi, que, em nome da Escola Técnica da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, agradeceu a homenagem prestada pela Câmara Municipal de Porto
Alegre. Às quatorze horas e trinta e três minutos, o senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para Sessão Extraordinária
a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelo vereador Adeli
Sell e secretariados pelo Vereador Nelcir Tessaro. Do que eu, Nelcir Tessaro.
1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do
artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria dos seus
integrantes.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Passamos
à
O Sr. Gilmar Ferreira Jardim, representando a
Associação dos Funcionários das Fundações Estaduais de Proteção Especial e
Atendimento Sócio Educativo - AFUFE - está com a palavra, pelo tempo regimental
de 10 minutos, para tratar de assunto relativo a processo de privatização, via
OSCIP, na Fundação de Proteção Especial - Centro Social Zona Sul e Abrigo
Cônego Paulo de Nadal.
O
SR. GILMAR FERREIRA JARDIM: Boa-tarde,
senhores e senhoras, meu nome é Gilmar Ferreira Jardim, sou funcionário da
Fundação de Proteção Especial, a extinta FEBEM, que cuida das crianças que
estão em situação de vulnerabilidade social. Entre os seus muitos abrigos, há
um em especial, o Abrigo Cônego Paulo de Nadal, que cuida de crianças
portadoras de necessidades especiais, sendo uma das únicas casas do Estado que
fazem esse trabalho, trabalho esse, inclusive, de acordo com órgãos com que já
tivemos contato, muito bem feito. E o que me traz aqui, neste momento, como
funcionário dessa Fundação, e, em especial, do Abrigo Cônego Paulo de Nadal,
representante de uma comissão dos funcionários dessa casa, é que, de acordo com
um programa de Políticas Públicas deste Governo, querem repassar esses serviços
para as OSCIPs. Entendemos o que seja uma OSCIP e o trabalho que, de repente,
ela venha a fazer junto aos órgãos governamentais. O que não conseguimos
compreender neste momento é que o trabalho que fazemos no Abrigo Cônego Paulo
de Nadal é reconhecido; ele consiste em cuidar de crianças portadoras de
necessidades especiais, cuja população nesse abrigo é de mais ou menos 65 crianças
totalmente dependentes em suas necessidades: higiene, alimentação, cuidados
médicos. São crianças que dependem, exclusivamente, dos funcionários para
sobreviver. Os funcionários que lá trabalham, há quase 30 anos, foram se
integrando e conhecendo essas crianças. Sabemos, através de estudos, que um
trabalho com uma criança portadora de necessidade especial leva muito tempo de
adaptação, e quebrar esse vínculo vem, no caso, até a prejudicar a sua saúde.
Nós, enquanto funcionários da Fundação de Proteção Especial, cujo como objetivo
é proteger as crianças vítimas de abandono, maus-tratos ou violência, cumprimos
esse trabalho, porque aquelas crianças são totalmente necessitadas, em situação
de abandono por seus familiares, muitas vezes até por violências. Então, não
entendemos por que a Secretaria da Justiça e Desenvolvimento, da qual fazemos
parte, tem um projeto para passar adiante este trabalho, fala em custos. Isso
nos é estranho, porque se troca a vida por custos.
Não
podemos quebrar esse vínculo que essas crianças têm com os funcionários que lá
trabalham há tanto tempo; funcionários que eles entendem pelo olhar, pelos
gestos, que atendem às suas necessidades, pois é uma Política Pública que
funciona, embora seja pouco reconhecida pela sociedade. É por isso que vimos
aqui hoje humildemente pedir o apoio dos Parlamentares, para que apreciem, de
repente, o que lá está acontecendo. E, como representantes da sociedade, vimos
trazer este apelo.
Se
for possível, passaremos aos assessores, mais tarde, uma documentação do
trabalho que lá é feito. Inclusive, sabemos que, para passar o serviço para uma
OSCIP, tem que haver um estudo técnico a respeito do assunto. E os técnicos que
lá trabalham também são contra isso, porque entendem que as crianças estão
muito bem tratadas. Nós, enquanto funcionários, não somos contra o trabalho das
OSCIPs. Na verdade, somos a favor de que a OSCIP venha a atender àquela demanda
das crianças que estão lá na rua, que nós gostaríamos de atender e não
conseguimos. Gostaríamos de que o Estado, junto com alguma OSCIP, se proponha a
fazer este trabalho, para atender a criança que está lá na rua, precisando de
apoio, mas não pegar um trabalho que já está pronto, desmanchar um vínculo que
já existe e que tem sido muito bem feito.
É
mais ou menos como adotar uma criança, tratá-la com carinho, e, daqui a pouco,
vir alguém e dizer para pegar a criança e entregar para alguém, que este alguém
vai cuidar melhor. Não entendemos assim! Nem assim nós queremos também!
Queremos, na verdade, a participação da sociedade para que aquele trabalho que
lá é feito seja mais reconhecido e que esse trabalho se estenda em outros
abrigos com a participação, aí sim, de OSCIPs, mas que as OSCIPs criem um
trabalho igual ao nosso, que há muito tempo está criado e é muito bem feito.
Então,
pedimos o apoio de todos os Parlamentares, que são representantes da sociedade,
para que nos apoiem neste momento, e, quando passarmos aos assessores a
documentação que temos a respeito do trabalho e por que estamos nesta luta,
esperamos que apreciem o assunto com cuidado.
Eu agradeço, e nos colocamos à disposição; a
Fundação de Proteção Especial, e também a AFUFE - Associação dos Funcionários
das Fundações Estaduais de Proteção Especial e Atendimento Sócio Educativo.
Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O
Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento. O Vereador fará uma saudação em nome dos Vereadores da Casa.
O
SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre
Presidente, Ver. Adeli Sell; queremos saudar a visita do Gilmar Ferreira
Jardim, que fala muito bem sobre o Abrigo Cônego Paulo de Nadal. Com certeza,
Gilmar, as OSCIPs não vieram para substituir o serviço público, embora muitos o
queiram. O que nós temos que fazer, nobre Presidente, como Câmara Municipal de
Porto Alegre, é encaminhar um documento em nome da Casa, para que o serviço não
seja terceirizado, mas, sim, que possa continuar como serviço público em defesa
das crianças. Eu estava ouvindo o Gilmar, que fala de 65 crianças com
necessidades especiais. Nós, homens ligados ao Poder Público, temos que ter
cuidado não só para que não seja extinto esse serviço, mas para que ele seja
ampliado. A ideia de extinguir, de passar para as OSCIPs é de alguns governos,
e nós repudiamos isso! O que nós queremos é que esse serviço seja público, e
que, inclusive, sejam aumentadas as oportunidades para essas crianças. Com
certeza, Ver. Adeli, em nome da Casa, nós poderíamos nos agregar à
reivindicação do Gilmar, que veio falar em nome da entidade, para fazer com que
o Governo do Estado, através da Secretaria de Justiça, possa manter esses
serviços e, ao invés de extingui-los, ampliá-los para a sociedade como um todo.
Parabéns, sejam bem-vindos; sucesso no trabalho de vocês! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O
Ver. Luciano Marcantônio, que já foi diretor dessa instituição, está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Quero
parabenizar a Associação dos Funcionários da ex-FEBEM, a AFUFE, pela
manifestação. Eu já tive a oportunidade de, no dia 15 de outubro, me pronunciar
na tribuna, transmitindo para a sociedade porto-alegrense a gravidade dessa
atitude do Governo Yeda, propondo a terceirização do Abrigo Cônego Paulo de
Nadal. O Cônego é atendido hoje por profissionais altamente qualificados, que
têm uma relação de décadas com aquelas crianças e adolescentes que sofrem de
paralisia cerebral. Essa terceirização, visando a fazer economia, coloca em
risco vidas humanas. Nós temos que ter a consciência da gravidade da
terceirização do Cônego. Fico feliz em ver esta Casa, a Câmara de Vereadores de
Porto Alegre, em consenso, preocupada e defendendo a causa nobre que são a
proteção daquelas crianças. Parabéns à AFUFE; parabéns, Gilmar, pelo teu
pronunciamento! Obrigado, meu Presidente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado,
Ver. Luciano Marcantônio.
O
Ver. Doutor Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento
O
SR. DR. RAUL: Presidente
Adeli, Gilmar, eu gostaria também de trazer do PMDB o nosso esforço e o nosso
apoio à causa. Sabemos como a proteção especial é necessária para as nossas
crianças, e o quanto é necessária a sensibilidade no trato com essas crianças.
Eu, como médico, que acompanho alguns casos, sei da sensibilidade necessária, a
todo momento, para tratar essas crianças. E, realmente, as pessoas que trabalham
nessa militância têm que ser extremamente valorizadas, porque capacitadas elas
já estão. Essa entrada das OSCIPs tem que ser muito bem vista, e tem que se ver
onde realmente elas podem ajudar. Parece-me muito duvidosa a participação das
OSCIPs nessa situação. Um abraço a todos.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Eu quero dizer, em nome da Mesa Diretora
desta Casa e de todos os Vereadores, que, a partir do dia 1º de dezembro, nós
abriremos a agenda para V. Exas, nos horários que acharem
conveniente, na Mesa Diretora, para tratar dessa questão. Hoje nós estamos
pressionados pelo tempo, pois nós teremos a votação do Plano Diretor. Queremos
agradecer a presença de todos os servidores dessa Instituição, aos membros da
Direção da AFUFE, especialmente a presença do Gilmar, do Abrigo Cônego Paulo de
Nadal, que veio aqui expor essa questão para todos nós Vereadores da Cidade.
Encerramos
este período de Tribuna Popular, desejando sucesso em suas demandas. Obrigado,
tenham uma boa tarde.
Passamos
às
Hoje,
este período é destinado a assinalar o transcurso do 100º aniversário da Escola
Técnica da UFRGS, uma proposição da Mesa Diretora. Convidamos para compor a
Mesa o Sr. Paulo Roberto Sangoi, Diretor-Geral da Escola Técnica da Universidade
do Rio Grande do Sul; o Sr. Júlio Xandro Heck, Vice-Diretor da Escola Técnica
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; o Sr. Coronel Sérgio Pastl,
representante do Comando Geral da Brigada Militar.
O
Ver. Aldacir José Oliboni, proponente desta homenagem, está com a palavra e
falará, também, em nome da Mesa Diretora.
O
SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI:
Nobre Presidente, Ver. Adeli Sell, presidindo os trabalhos neste momento; eu
queria, com muita alegria, agradecer a presença do Sr. Paulo Sangoi, nosso
grande amigo, lutador, Diretor da Fundação da Escola Técnica de Porto Alegre;
do Sr. Júlio Xandro Heck, Vice-Diretor da Fundação; e do Cel. Sérgio Pastl,
representante do Comando Geral da Brigada Militar. Quero saudar os nossos
colegas Vereadores e Vereadoras; os professores e educadores, a sociedade, de
forma geral, que está acompanhando, neste momento, a Sessão no dia de hoje.
A
Mesa Diretora, há pouco tempo, aprovou uma Moção de Apoio e de homenagem aos
100 anos da luta das escolas técnicas no Brasil. Por essa razão, peço a atenção
dos nobres colegas Vereadores para fazer algumas considerações especiais neste
momento.
Nesta
semana, em que o mundo todo discute, em Brasília, o Fórum Mundial de Educação
Profissional e Tecnológica, destacamos a importância do ensino técnico como
propulsor da inclusão social, do desenvolvimento social e econômico dos países
por meio de projetos que levam em consideração o respeito ao meio ambiente, à
cidadania e à inclusão dos jovens no mundo do trabalho. Para nós, é uma honra
homenagear, nesta Casa, os 100 anos da Escola Técnica da UFRGS, hoje Campus
Porto Alegre do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, e da Rede de Ensino
Técnico Profissional no Brasil.
Temos
certeza de que, por meio da Educação, se constroem as bases para um mundo
diferente e melhor, com mais justiça social, qualidade de vida,
sustentabilidade ambiental, menos fome, menos miséria, menos destruição do meio
ambiente.
A
Escola Técnica de Comércio nasceu há exatos 100 anos, completados no dia de
hoje. Foi uma das primeiras escolas a oferecer um ensino essencialmente
prático, voltado à inclusão qualificada dos jovens no mundo do trabalho. Ao
longo dos anos, a excelência do ensino oferecido nessa escola foi sendo
reconhecida pelo conjunto da sociedade. Hoje, ela oferece cursos técnicos de
administração, biotecnologia, contabilidade, informática, química, rede de
computadores, secretariado, transações imobiliárias, e muitos outros. Além
disso, também oferece o Proeja, um programa que integra a educação básica à
educação profissional, permitindo que jovens e adultos possam concluir o ensino
fundamental e, após, ingressar diretamente em um dos cursos técnicos
profissionais oferecidos pela escola.
Com
a expansão da Rede Federal, a escola foi transformada em Campus Porto Alegre,
do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, oportunizando o seu crescimento do
número de vagas e de cursos técnicos em nível médio a serem oferecidos. Falando
da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, é importante que todos saibam
do esforço que tem feito a atual gestão do Governo Federal para expandi-la,
proporcionando que todas as regiões brasileiras possam oferecer aos jovens uma
nova perspectiva de futuro. O método democrático de expansão está permitindo
que sejam oferecidos, nesses novos campos,
cursos voltados às realidades regionais de um país continental como o Brasil.
Vejam,
senhoras e senhores, colegas Vereadores, que, em quase cem anos, entre 1909 e
2002, foram construídas apenas 140 escolas técnicas. A partir do início do
plano de expansão levado a cabo pelo Governo Federal, a rede de educação
profissional tecnológica no Brasil vai triplicar as suas unidades; outras 215
escolas estão sendo construídas, e, no final de 2010, nosso País contará com
pelo menos 366 escolas técnicas construídas. Porto Alegre, por exemplo, contava
apenas com a Escola Técnica da UFRGS e a Escola de Saúde ligada ao Hospital de
Clínicas. Com a transformação da Escola Técnica da UFRGS em Campus Porto
Alegre, e a possibilidade de sua instalação na Região Leste, na Região Sul, no
caso, a Restinga, e na Região Norte, onde já há um movimento em defesa de outra
escola técnica, uma proposta trazida, inclusive, por vários Vereadores.
Ver.
Comassetto, nobre Diretor Paulo, quando começou esse movimento lá na Restinga,
havia dúvida se isso de fato iria acontecer. E, mediante um processo de
licitação que termina, se não me engano, no dia 11 do próximo mês, estarão
sendo investidos sete milhões de reais para o início das obras, com mais de
dois milhões de reais para instrumentos na educação. Poderíamos citar - Ver. DJ
Cassiá, que é o Presidente da Comissão de Educação desta Casa - o nosso
movimento para a expansão para a Região Leste, de Porto Alegre. Estive junto
com o Paulo e o Júlio, em Brasília, para buscarmos, não só a implementação de
uma nova área, mas também possibilitar que esse novo instituto, nessa nova
área, possa ter um aumento de oportunidades, isto é, de vagas. Como também o
movimento trazido aqui pelo Ver. Paulinho Ruben Berta, na Região Norte, tentando
ampliar também para aquela Região. Isso demonstra, Paulo, que nós, como Câmara
de Vereadores, não só valorizamos a iniciativa de vocês no Projeto de expansão
trazido pelo Governo Federal, através do Ministro Haddad, e mais precisamente
pelo companheiro gaúcho, Professor Elisier Pacheco, Coordenador do Programa.
Portanto,
esta Casa, neste momento tão nobre e tão sublime, faz esta homenagem para nos
somar a esta verdadeira festa de alegria de vocês - Diretores e Professores -;
somamos-nos a vocês na ideia não só de apoiar as iniciativas trazidas para o
Brasil, para o Rio Grande, para Porto Alegre, mas mais precisamente queremos
dizer que a nossa alegria é vermos que o discurso trazido a este microfone
poderá se tornar realidade, Ver. DJ Cassiá, quando dizemos que os jovens
precisam de mais oportunidades, precisam estar ocupados, e que, com certeza,
com o curso técnico - que muitos dos Vereadores daqui já cursaram e foi o
início das suas vidas profissionais -, poderá ajudar nas suas vidas, nas suas
famílias, como diz o Ver. Adeli Sell.
E,
para concluir, como disse o Presidente da República - o grande companheiro Lula
-, que também começou a sua vida fazendo um curso técnico. Então, é nesse
aspecto que nós estamos aqui, acima dos Partidos, para dizer que apoiamos a
iniciativa, e nos somamos a essa alegria e felicidade dos 100 anos. Queira Deus
que muitos anos se prossigam e a expansão seja para todo mundo, para todo
Brasil, para todo o Rio Grande, em mais do que uma Escola em Porto Alegre,
muitas outras escolas. Boa sorte, que Deus os proteja. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Ressalto
que se fosse uma Sessão Ordinária normal, como as que fazemos nas
quintas-feiras, tenham a certeza, Sr. Paulo e Sr. Júlio, de que a maioria dos
Vereadores se pronunciaria, a começar pelo Presidente da Comissão de Educação,
Cultura e Esporte, Ver. DJ Cassiá; assim como os Vereadores Paulinho Ruben
Berta e Engenheiro Comassetto que pleiteiam escolas técnicas para suas
comunidades. Enfim, estamos todos, aqui, representados pela fala do Ver.
Oliboni, e passaremos a palavra, para o nosso júbilo, ao Paulo Roberto Sangoi,
que falará em nome da Escola Técnica da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul.
O SR. PAULO ROBERTO SANGOI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras; Prof. Júlio, Vice-Diretor do Instituto Federal; Coronel Sérgio
Pastl, representante do Comando Geral da Brigada; Ver. Oliboni, que fez a
mensagem de homenagem de 100 anos da Escola; Comissão de Educação, representada
pelo DJ Cassiá, senhoras professoras, senhores professores e
técnico-administrativos da Escola Técnica, hoje Campus Porto Alegre, demais
presentes aqui, o destino fez que coubesse a mim estar aqui, hoje,
representando a Escola nestes 100 anos de existência. A Escola Técnica da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul teve uma participação e uma
importância sem igual na formação profissional de Porto Alegre e do Rio Grande
do Sul.
A
Escola Técnica deixou a sua marca pela qualidade e pela inovação no ensino
técnico. A Escola cresceu e se desenvolveu tecnologicamente.
Esse
salto de qualidade, e de inovação tecnológica, deve-se, acima de tudo, ao
quadro de pessoal técnico e de professores que fizeram a história dessa Escola,
mas chegou o momento de ser mais. A comunidade escolar entendeu que, pelo grau
de qualidade e pela importância da educação profissional e tecnológica para o
desenvolvimento do País, a escola técnica deveria ter um compromisso ainda
maior com a educação e com a comunidade.
Assim,
passamos a integrar o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Rio Grande do Sul. Mas o que significa essa transformação? Como Campus do
Instituto Federal, teremos condições de ofertar desde cursos de formação de
jovens e adultos - o Proeja - até o doutorado, tudo voltado para a educação
profissional e tecnológica, suprindo, assim, uma lacuna existente e
beneficiando um grande contingente de alunos que buscam uma qualificação em uma
instituição de ensino federal, pública e de qualidade. Com a criação dos
institutos federais serão criadas milhares de vagas, que formarão profissionais
com vocação regional. Sem dúvida, é o maior investimento feito em educação no
País, e quem ganha é a população.
Porto
Alegre foi contemplada com dois campus, a Escola da Restinga, e a nossa, que
vem da transformação da Escola Técnica da UFRGS.
Hoje, somos mais de 1.800 alunos, mas, em quatro
anos, sem dúvida, duplicaremos o número de vagas.
Neste momento, não poderíamos deixar de prestar uma
homenagem a quem fez e quem faz desta Instituição uma referência em Educação.
Portanto, a direção faz questão de agradecer a todos os professores, e aos
técnicos ativos e aposentados, pois só chegamos aqui pela dedicação de cada um
deles.
Quero também homenagear os diretores, que se dedicaram
e deixaram um legado durante cada gestão. Quero deixar uma homenagem aos
diretores mais recentes, que são o professor Aldo, a professora Liana, o
professor Marcelo, que, com suas contribuições, serão sempre lembrados pela
comunidade e por esta direção.
Quero
agradecer à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em especial ao Reitor
Professor Carlos Alexandre, que, durante todo esse processo de transição, tem
dado todo o apoio para que possamos consolidar o Campus de Porto Alegre.
Também
queremos agradecer à nossa Reitora Cláudia, que se encontra em Brasília, pelo
apoio e confiança depositados em nós.
Finalmente,
agradecemos a esta Casa pela acolhida que nos deu desde o início da nossa
gestão, em especial ao Presidente, Sebastião Melo, que sempre mantém as portas
abertas do seu gabinete para o Instituto, e foi, muitas vezes, o interlocutor
de nossas demandas. Aos Vereadores e seus Assessores que se empenharam em prol
da construção da nova sede do Campus de Porto Alegre.
Queremos
deixar aqui o nosso imenso agradecimento, e dizer que esperamos que esta Casa
continue sendo esta importante parceira na trajetória em prol da Educação.
Obrigado a todos.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell):
Obrigado, esta foi a palavra do Sr. Paulo Roberto Sangoi, em nome da
Instituição, a nossa Escola Técnica da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul.
Antes
de continuar, eu quero lembrar que várias pessoas vieram a esta Casa hoje,
porque nós temos aqui o lançamento da cartilha sobre o direito à saúde, que é
garantido pela Constituição: O SUS e a Saúde da População Negra.
Na
abertura, o Ver. Dr. Thiago Duarte estará sendo dispensado dos trabalhos do
início da Sessão, para uma palestra do Stênio Rodrigues, aqui no Plenário Ana
Terra, que é para onde o pessoal que veio para essa atividade deve se dirigir.
Mais
uma vez, em nome de todos os Vereadores, em especial do Ver. Sebastião Melo,
agradecemos a presença de todos e de todas aqui, e queremos dizer que, a cada
momento que necessário, os Vereadores de Porto Alegre estarão mobilizados para
garantir o maior número de Escolas Técnicas para a nossa Cidade, como já foi
mencionado pelo Ver. Oliboni. Esta é uma questão que está acima de qualquer
Partido político, acima de qualquer disputa, porque é interesse da Cidade, é
interesse da Nação.
Muito
obrigado. Vida longa à Escola Técnica; viva seus funcionários, seus dirigentes,
seus alunos; viva Porto Alegre! Muito obrigado.
De
ofício, como Presidente em exercício dos trabalhos, estou dando por encerrada a
110ª Sessão Ordinária desta tarde de quinta-feira, 26 de novembro.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 14h33min.)
* * *
* *